Lusitano Administrador
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Colocada: 03 Set 2013 11:02 Assunto: Symbian e Nokia a um passo do adeus |
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A Nokia deixa de vender equipamentos com Symbian este verão. Depois de uma longa história no mercado móvel, o sistema operativo faz as "últimas despedidas".
Criado na década de 80 pela Psion, o sistema operativo móvel Symbian atravessou cerca de duas décadas até encontrar o momento em que o seu principal apoiante de todos os tempos decidiu abandonar a plataforma. A Nokia deixa este verão de comercializar equipamentos com o sistema operativo, depois de já no final do ano passado ter admitido que o PureView seria o seu último smartphone suportado na plataforma.
A ligação da Nokia ao Symbian foi formalizada em 1998, quando a empresa, juntamente com a Motorola, a Ericsson e a Psion criaram a Symbian. Na plataforma, afirmou-se como o primeiro sistema operativo de relevo para dispositivos móveis inteligentes, mas não resistiu à concorrência e foi perdendo apoios.
Em 2008 a Nokia passou a controlar a empresa na totalidade e anunciou a criação da Fundação Symbian, para fazer da plataforma um projeto open source, um caminho que se pautou por vários avanças e recuos que não garantiram o sucesso desejado. Em 2011, uma nova decisão transferia o negócio para a Accenture, que passou a gerir todas as atividades de desenvolvimento e suporte em redor da plataforma até 2016.
O percurso do Symbian no mercado de telemóveis começou a ser abalado depois do lançamento do iPhone e do iOS e continuou a trajetória descendente com o surgimento e explosão do Android. Em 2007, o sistema operativo assegurava uma quota de mercado de 63,5%, pelas contas da Gartner. Quatro anos mais tarde, em 2011, esta fatia já tinha descido para os 18,7%, enquanto o Android disparava para os 46,5%.
Sem conseguir encontrar um caminho para reagir aos desafios dos novos concorrentes com as armas antigas, a Nokia mudou de estratégia e abraçou o Windows Phone como plataforma de referência para os smartphones, juntando-se a outro gigante à procura de um rumo mais certeiro no mercado móvel, a Microsoft. A parceria afastou ainda mais da ribalta o Symbian, como também significou o fim da linha para outras apostas da Nokia nesta área, exemplo do Meego.
No último trimestre do ano passado a Nokia já só vendeu 2,2 milhões de smartphones com Symbian. No mesmo período já vendia 4,4 milhões de unidades de telemóveis inteligentes com Windows Phone.
Nos três meses terminados em abril, como referia a notícia do FT, o Symbian já só conseguiu uma quota de 1,8% no mercado europeu, contra os 8% do ano anterior. Globalmente as vendas do Symbian representaram só 5% das vendas globais no mercado de smartphones.
A Nokia explica o abandono da plataforma pelos números e revela que leva 22 meses a colocar um smartphone Symbian no mercado. O mesmo processo com o Windows Phone leva menos de um ano.
"Gastamos menos tempo em questões relacionadas com código e mais tempo no aperfeiçoamento de aspetos relacionados com a experiência de utilização como a fotografia, mapas, musica ou aplicações em geral, o que faz uma grande diferença", justifica a empresa em declarações citadas pelo FT.
Numa viagem ao passado hoje recuperamos alguns dos equipamentos que fizeram história na relação que durante vários anos uniu Nokia e Symbian. Tínhamos de começar, claro, pelo Nokia Communicator 9210.
Lançado em 2001, modelo continua a ser um dos equipamentos mais emblemáticos da história da Nokia, que já tinha comercializado duas versões do telefone antes de lhe aplicar o Symbian. Pertence aos idos do 2G e contava com um já (muito) pouco impressionante TFT de quatro mil cores com 640x200 pixeis no ecrã principal. O processador era um ARM 9 a 52 MHz e a RAM de 8 MB.
http://tek.sapo.pt/tek_mobile/equipamentos/symbian_e_nokia_a_um_passo_do_adeus_1335977.html |
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